03 janeiro 2013

Lya Luft e seu comentário segregador.

Como se já não bastasse os comentários infelizes da Psicóloga Beth Monteiro no programa Domingão do Faustão sobre o assassinato na escola dos EUA (leia aqui), conseguimos mais um absurdo publicado pela revista Veja, dessa vez escrita pela “culta” senhora Lya LuftLya não é educadora, isso é ela mesma que afirma: “Não sou educadora nem especialista em educação”, diz, em entrevista antes de uma palestra em uma escola. 
Mas o que faz uma pessoa que não é da educação dar um depoimento tão desumano e sem fundamentos como este, publicado na revista veja de 31/12/2012, em que a autora aborda o assassinato das crianças nos EUA, logo concluindo que lugar de criança deficiente não é na escola regular. Veja: 

“O politicamente correto agora é a inclusão geral, significando também que crianças com deficiência devem ser forçadas (na minha opinião) a frequentar escolas dos ditos “normais“ (também não gosto da palavra), muitas vezes não só perturbando a turma, mas afligindo a criança, que tem de se adaptar e agir para além de seus limites — dentro dos quais poderia se sentir bem, confortável, feliz”, afirma. 

Mas “peralá”, pelo que se sabe o jovem Adan Lanza não possuía nenhum diagnóstico de deficiência ou transtorno mental, ocorreram apenas suposições sem fundamento, e mesmo que tivesse isso não significa que toda criança especial é um assassino. Lya demonstrou ser totalmente ignorante em relação ao assunto confundindo deficiência com transtorno mental. Enfim, o que esta senhora quis dizer em seu discurso, de forma nua e crua é, que criança “normal” não deve se misturar com criança “anormal”. É isso mesmo. Só que ai eu fico me perguntando, quem foi que deu autoridade para uma pessoa que não é educadora falar sobre inclusão e exclusão escolar? Quais são os fundamentos e experiências dela? Pais e familiares travam uma guerra antiga pela inclusão de seus filhos em escolas regulares, para surgir uma pessoa que NÃO É EDUCADORA, dizer em uma revista de circulação nacional que crianças especiais só vão para a escola para perturbar a turma? E que são forçadas a isso? E isso agora é politicamente correto, como se fosse uma modinha? Como assim? 


Deixo aqui o meu lamento por essa revista ainda ser um veículo de comunicação tão utilizado por pessoas alienadas, lamento por “intelectuais” que se acham inteligentes o suficiente para falar tamanha inutilidade em pleno Réveillon, e por fim, lamento por ainda o caso do assassinato dos EUA estar sendo ligado a um distúrbio mental sem fundamento nenhum.



Leia a matéria completa da Veja no blog Lagarta Vira Pupa

Um comentário:

  1. Pobre mulher, mal sabe que inclusão é direito constitucional!

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