A frase do título da postagem te lembra algo? Você a ouve com frequência?
Ela me incomodou muito durante um tempo - e continua incomodando -, então fiquei pensando em possíveis motivos que levam os alunos a dizerem-na. Seria porque as crianças/jovens não levam nada a sério? Ou, de fato, não encontrem funcionalidade nos conteúdos? Ou, ainda, nós educadores não saibamos contextualizar os assuntos? Enfim, as questões são muitas, porém colocar a culpa nos alunos é jogar a nossa responsabilidade e de tantos outros para eles apenas e culpar nós, professores, é colocar o peso de uma sociedade todo em nossas costas. É certo que há sim um problema na questão da inter e transdisciplinaridade, porém isso não é tudo.
Uma cultura que não valoriza o conhecimento dificilmente verá sentido em aprender coisas para um crescimento integral do ser humano.
O homem atribui qualidades para si a partir de bens que possui, dos lugares que frequenta e dos livros que lê, é como se tivesse várias facetas que o construíssem. O conhecimento, aqui, está ligado basicamente ao trabalho e, consequentemente, status; então, ele é apenas uma ferramenta.
Quando se passa a enxergar o homem como ser que, embora tenha várias tarefas, é homogêneo - digo, não é composto de partes externas que, simplesmente, são colocadas dentro dele - é possível compreender o conhecimento como ingrediente indispensável para o crescimento do homem. O conhecimento beneficia a humanidade.
Nós, profissionais da educação, tudo bem, estamos sim dentro disso tudo, inclusive cumprindo um currículo, muitas vezes, sem saber o motivo, porém é preciso repensarmos nossa prática.
Como queremos extravasar o social sendo que a escola mal está sendo boa para os indivíduos?
O pós-modernismo deixa tudo muito "jogado" e sem forma, porém como fugir de tudo isso?
Pra falar de uma mobilização social há muitas implicações, porém e se a fizermos a partir de nosso trabalho na escola? Não digo uma pessoa apenas pensar que pode salvar a pátria, mas levar reflexões pra todos em seu ambiente escolar. E sim, no cotidiano, mas não de qualquer jeito, pois precisa ser algo planejado, organizado e que atinja tanto aos professores e demais funcionários, como a toda a equipe: alunos, pais, gestão e comunidade.
Pode parecer óbvio, mas não é, na correria nos esquecemos dos "detalhes" que podem tomar grandes proporções de transformação na vida escolar, ao menos.
inicialmente, seria interessante uma mudança radical nas disciplinas escolares, pois é natural que não haja estímulo no aprendizado de algo não visivelmente funcional, ou melhor, funcional apenas para a concorrência de um vestibular. as crianças/adolescentes se apegam muito mais à vida social pelo fato de sentirem diretamente os efeitos nela produzidos, tanto de suas ações como das dos outros. porque não aproximarmos o que aprendemos ao que utilizamos realmente em nossas vidas?
ResponderExcluirConcordo com você!
Excluirsim saudadee
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