Muito se ouve falar sobre autismo, alunos autistas e síndrome de Asperger, mas infelizmente muitos educadores mal sabem do que se trata. Tentamos resumir nesse pequeno texto uma explicação simples e objetiva sobre esse transtorno que atinge 1 em cada 110 crianças em todo o mundo.
Autismo pode ser definido como uma alteração cerebral, que afeta a capacidade de comunicação e a socialização do indivíduo, este vive em seu “próprio” mundo, o tornando alienado em relação ao ambiente. As características do autismo são muito relativas, mas as mais divulgadas são:
• Dificuldades de relacionamento com pessoas que não são do seu convívio, preferência em estar sozinho, não identifica emoções, e nem sabe expressa-las;
• Problemas na aquisição da linguagem, começam a falar tardiamente;
• Resistência à mudança de rotina;
• Pouco ou nenhum contato visual, olhos inexpressivos;
• Ecolalia, repete palavras ou frases que acabou de ouvir ou que ouviu há muito tempo;
• Acesso de raiva sem motivo aparente, podendo se tornar agressivo;
• Rituais de rotação de objetos, fazer poses estranhas e fixar o olhar em objetos comuns.
Ainda os autistas podem ter inteligência acima da média, alguns desenvolvem altas habilidades diante de atividades artísticas, como música, desenho e pintura. Existem ainda, casos de inteligência extrema geralmente para cálculos matemáticos, ou a rápida memorização de informações, mais isso parece ocorrer de forma mecânica, ou seja, apenas decoram ou desenvolvem mecanicamente essas habilidades.
Esses são os principais sintomas, é relevante salientar que nem todos os indivíduos com autismo apresentam todos estes sintomas, porém muitos dos sintomas estão presentes entre os 12 e os 24 meses da criança. Eles variam de leve a grave e em intensidade de sintoma para sintoma, pois o autismo se manifesta de forma única em cada pessoa.
Existe Também a Síndrome de Asperger que é uma síndrome do espectro autista, diferenciando-se do autismo clássico por não comportar nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo.
Apesar do grande número de pesquisas e investigações clínicas realizadas em diferentes áreas e abordagens de trabalho, não se pode dizer que o autismo é um transtorno claramente definido. Há correntes teóricas que apontam as alterações comportamentais nos primeiros anos de vida (normalmente até os 3 anos) como relevantes para definir o transtorno, mas hoje se tem fortes indicações de que o autismo seja um transtorno orgânico. Apesar disso, intervenções intensivas e precoces são capazes de melhorar os sintomas.
Embora não exista uma cura definitiva, já é possível conseguir bons tratamentos que podem tornar o autista independente e, em alguns casos, até produtivo. O diagnóstico e o tratamento precoce, o apoio dos pais, a educação especial e, em alguns casos, as medicações, podem integrar ou reintegrar o indivíduo autista na sociedade.
Em 18 de Dezembro de 2007, a Organização das Nações Unidas decretou todo 2 de abril como o Dia Mundial do Autismo. Em 2008 houve a primeira comemoração da data pela ONU.
Ótimas informações, obrigada!
ResponderExcluirMuito bom o seu texto, beijos.
ResponderExcluirÉ, a gente beeem sabe que faltam essas informações na formação inicial.
ResponderExcluirParabéns por divulgar, muito bom o texto!
Beijinhos, Vivi ;)